segunda-feira, 2 de março de 2009

Herbert de Souza, o Betinho, e o pensamento positivo

“...eu descobri também isso, que quando a gente aposta na dimensão negativa, a gente colhe a dimensão negativa. O pessimista sempre colhe a desgraça. Agora, quando a gente aposta na dimensão positiva, na solidariedade, também colhe a dimensão positiva. Acho que é uma coisa perigosíssima admitirmos, em princípio, que as pessoas são ruins, que as pessoas são más, egoístas e covardes. Acho que devemos partir do princípio oposto, e apostar nisso.”

“Há um caso ilustrativo. Meu filho de 5 anos e meio brincava sempre com duas crianças e, quando eu saí na televisão, no jornal ou no rádio, os dois amiguinhos desapareceram de nossa casa. A primeira reação nossa foi de profunda tristeza. Decidimos chamar a família, o pai e a mãe das duas crianças, e eles vieram. Aí demos, durante uma hora, um curso prático sobre hemofilia, depois mais meia hora sobre AIDS, as formas de transmissão. E os dois escutavam atentamente. E depois de duas horas de conversa a questão estava resolvida. No outro dia, cedo, as duas crianças amigas estavam lá brincando com nosso filho.”

“Esse exemplo só nos mostra o seguinte: a passividade, o pessimismo, a entrega ao que existe de pior, só reproduz o pior. Se nós não tivéssemos conversado com aquela família, provavelmente as crianças não estariam brincando com nosso filho...”

(trechos retirados de “Direitos humanos e...” da Comissão Justiça e Paz, ed. Brasiliense, p. 41)

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